quinta-feira, 6 de março de 2008

Your silence


Preciso contar-te.
Preciso fugir.
Preciso de paz,
Sossego,
Atenção.
Não consigo compreender
Este teu afastamento,
Este teu silêncio.
É-me tão impossível suportar, por vezes.
Meu pensamento vai em busca de mundos sombrios, de mundos onde a esperança não prevalece. Este coração carnal nem parece conter sangue, quando habitas no teu mundo, esquecendo (como se fosse possível, dirias tu) de que tenho-te em mim. Dirás que nunca me esqueces (confio) mas sabes que esta tua ausência é-me causadora de vários sofrimentos.
Tu deste-me o hálito da vida... Por vezes penso que tudo não passa de uma ilusão, de meras palavras... E será que acredito nisso?! Acho que prefiro nem pensar, mas há mesma sinto algo de desconhecido em mim.
Acredito que não possa haver algum ser igualável a ti. As tuas palavras são doces... o teu corpo quente... os teus beijos suaves... mas não deixas de ser um ser humano. Nada nesta vida é certo, para além da morte. Só a sensação de perda, já é algo de torturoso... E dizem:"viver um dia de cada vez", como se me fosse possível.
Apenas caminho. Homem caminhante mas sempre a pensar num mero final.
Quando nada dizes... aí é que meu corpo se arrepia de ares gélidos. E para quê tudo isso?! Já não te falou do seu amor por ti?! Já não demonstrou-te os seus sentimentos para contigo?! Sim. Mas, como sou apaixonado por quem me entrego, não deixo de deambular em meus pensamentos. Não queiram sentir aquilo que sinto por vezes. É como estar num túnel onde não há nenhuma brecha... onde a luz é inatingível...
E vivo assim, neste estado.
"Come back to me"
"Ainda sinto-te aqui no meu quarto... Ainda sinto-te no meu corpo... Ainda tenho o hálito dos teus doces beijos na minha boca... Mas... eu não quero recordar-me disso tudo porque vou chorar amargamente e sofrer muito. Mas, lá de vez enquando vêm-me as recordações... Oh Jesus!"
(5.III.2008)
P.F

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